Transição Energética e o Uso de Geossintéticos
20/04/2021
Em 22 de
abril, dia da Terra, 40 líderes mundiais se reunirão na Cúpula do Clima
organizada pelo governo americano para discutir iniciativas e acordos
bilaterais para frear o avanço das mudanças climáticas. Dentre os países
convidados está o Brasil, do qual se espera uma posição de protagonismo frente
à sua relevância histórica na elaboração de uma agenda ambiental global. Há uma
grande expectativa por parte dos analistas quanto à apresentação de propostas
ousadas no setor energético, responsável por cerca de 73% das emissões de gases
poluentes no mundo, de acordo com o World Resources Institute Brasil. Nos
últimos cinco anos, verifica-se um aumento acentuado de projetos de energia
renovável no país, especialmente de usinas solares e eólicas, com altíssimo potencial
de crescimento nos próximos 10 anos.
Essa tendência
de crescimento abre novos horizontes para o mercado de geossintéticos, pois o
uso de geotêxteis é essencial nos projetos de fundação de usinas eólicas
off-shore. Este modal energético, além de não emitir gases poluentes, é o mais
adequado para aproveitar a extensa faixa costeira brasileira, com maior
potencial no litoral das regiões Norte e Nordeste, de acordo com a ABEMAR
(Associação Brasileira de Eólicas Marinhas). O geotêxtil, além de servir como
camada separadora entre a brita e os solos finos, tem função de reforço
estrutural e de controle de erosão na fundação em decorrência dos efeitos
sísmicos causados pela turbulência das pás das torres. Por se tratar de uma
nova fronteira para a indústria, é recomendável que os profissionais
geotécnicos preparem-se tecnicamente para enfrentar estes novos desafios que
surgirão.